Com a transformação digital é comum notar que diversas áreas estão evoluindo para trazerem cada vez mais inovação no mercado e o Marketing Digital não poderia ficar de fora. Um exemplo disso é o Flywheel de Marketing, que chegou para ficar!
Imagino que você já ouviu falar sobre o tradicional Funil de Vendas, né? No passado, ele foi bastante utilizado e trouxe bons resultados para as empresas, porém o futuro agora é do Flywheel de Marketing.
Quer saber como? Continue a leitura até o final e descubra!
Índice do artigo
O que é Flywheel Marketing?
O modelo Flywheel é um novo modelo de Marketing idealizado pela HubSpot, uma das maiores empresas globais de inbound marketing, vendas e atendimento ao cliente, que pretende substituir o modelo tradicional de funil de vendas.
Como destaque, este Flywheel não tem início e fim, como é o caso de um funil tradicional, mas sim está em constante movimento.
A estrutura do Flywheel enfatiza a relação entre a empresa e o cliente como se fosse um ciclo. Este é um loop infinito em que os clientes podem continuar a interagir com a empresa (e vice-versa), após a conclusão da transação.
Uma boa experiência do cliente resulta em mais clientes e até mesmo vendedores, pois eles estarão satisfeitos com o seu desempenho, o que resulta em maior engajamento e produtividade na empresa.
Quais as diferenças entre Flywheel e o Funil de Marketing?
Uma das coisas mais importantes que teremos que levar em conta para implementar um modelo Flywheel são as diferenças que ele possui em relação a um funil de vendas tradicional.
A primeira é sobre o lugar que o cliente ocupa. Enquanto no funil tradicional o cliente é um sujeito passivo que percorre as diferentes partes do nosso funil de vendas, no modelo Flywheel o cliente ocupa uma posição central no processo e tudo será voltado para ele.
Isso ocorre porque o cliente agora faz parte do nosso próprio conteúdo, e um cliente satisfeito é o melhor material que podemos ter para potenciar as vendas.
Os pilares do Flywheel
Para entender essa metodologia com mais detalhes, é necessário conhecer os seus três pilares:
Atrair
Como o próprio nome indica, nesta primeira fase é essencial criar conteúdos, experiências e formatos desejáveis para serem consumidos pelo público-alvo. Ou seja, trata-se de gerar potenciais clientes garantindo que eles agreguem valor ao público-alvo.
Confira algumas práticas que podem ser utilizadas aqui:
- Postagens de blog e marketing de conteúdo.
- Estratégia de palavras-chave e SEO.
- Presença nas redes sociais.
- Mídia paga.
Durante a fase de atração, você está incentivando o cliente a iniciar a jornada de compra por conta própria. Ao fornecer esses conteúdos relevantes e gratuitos, os clientes em potencial podem determinar se estão interessados em conhecer a sua empresa.
Dessa forma, se as suas técnicas de inbound focarem nestes públicos específicos, você os convencerá a agir de acordo com seus CTAs, para solicitar mais informações.
Envolver
Trata-se de estabelecer um relacionamento contínuo e de longo prazo com o público-alvo, por meio do fornecimento de soluções, educação e atendimento personalizado ao longo do processo de compra do cliente.
Confira algumas práticas que podem ser utilizadas aqui:
- Campanhas de e-mail segmentadas;
- Conteúdo fechado, como eBooks e infográficos para download;
- Atendimento individual, como demonstrações e telefonemas iniciais;
- Conteúdo gratuito elevado, como webinars;
- Avaliação gratuita do produto.
Muitas das técnicas da fase de engajamento podem ser consideradas como respostas diretas aos problemas que os clientes trazem para suas equipes de atendimento. O departamento de vendas também poderá utilizar seu trabalho, oferecendo-o aos clientes caso surjam dúvidas em suas comunicações.
Encantar
Quando se trata de armazenar memórias, sabe-se que os eventos com carga emocional positiva são mais lembrados do que os neutros. E é exatamente isso que queremos gerar nesta última fase.
Portanto, é fundamental oferecer uma experiência extraordinária ao longo da jornada do cliente através dos serviços, de forma que ele guarde uma ótima lembrança.
Confira algumas práticas que podem ser utilizadas aqui:
- Eventos presenciais para estimular o networking e treinamentos;
- Conteúdos exclusivos para membros, como eBooks e webinars;
- Campanhas de e-mail personalizadas;
- Convites para experimentar novos recursos ou produtos em teste beta.
Esses são os clientes com os quais você pode trabalhar para criar estudos de caso, vídeos de análises de produtos e outros conteúdos.
Como implementar essa técnica na sua empresa?
Como você pode conferir nos trechos acima, fica nítido que a chave para aplicar essa técnica na sua empresa é priorizar a experiência do cliente. A seguir, é possível conferir alguma das melhores dicas para colocar isso em prática:
Para que o Flywheel marketing comece e seja eficiente, três aspectos essenciais devem ser levados em consideração:
Velocidade
A velocidade é aumentada ao aplicar força nas áreas onde pode ter maior impacto. No Flywheel, existe um esforço significativo para satisfazer os clientes e torná-los bem-sucedidos.
Portanto, quando a força é aplicada em pontos diferentes, é preciso tomar cuidado para não fazer inversões e pular as etapas do processo.
Por exemplo, o aumento das vendas não está alinhado com a satisfação dos seus clientes e isso faz com que a estratégia perca sua velocidade, já que precisará de ajustes.
Atrito
Um ponto chave para reduzir os atritos com os clientes é focar nos objetivos do cliente e criar uma estratégia 100% voltada para isso. Para isso, confira as seguintes boas práticas:
- Identifique o atrito: quais são as reclamações mais comuns de seus clientes ? Quais são as métricas que têm os piores índices ou que são mais difíceis de melhorar?
- Automatize tarefas: tecnologias como chatbots ajudam a diminuir o atrito durante a interação para tirar dúvidas, por exemplo.
- Redefinir metas: às vezes, surgem atritos porque duas equipes estão trabalhando em direções opostas e não existe sinergia, por isso é importante definir bem as metas e alinhar os times na mesma página.
Confiança
Os clientes estão começando a confiar menos nas empresas, o que significa que a mudança do marketing de funil para o flywheel nunca foi tão importante.
Segundo dados de uma pesquisa da HubSpot:
- 81% dos consumidores confiam mais nos conselhos de amigos e familiares do que nos conselhos profissionais de negócios;
- 65% dos consumidores não confiam em anúncios pagos, com 71% afirmando que não confiam em anúncios de mídia social patrocinados;
- 55% dos consumidores concordam que não confiam tanto nas empresas quanto antes.
Bônus: Teste A/B
Essa é uma etapa fundamental para praticamente todas as estratégias em uma empresa, seja de marketing ou não, porém é importante ressaltar.
Afinal, com testes é possível identificar possíveis melhorias e acertos que serão os insights necessários para evitar problemas no futuro e melhorar a tomada de decisões.
Essa etapa também ajuda a criar padrões na empresa, para que haja um maior alinhamento entre as equipes e agilidade na rotina de trabalho.
Setores da empresa que utilizam o Flywheel
O modelo flywheel é como uma engrenagem que está ligada pelos seguintes setores de uma empresa:
- Marketing;
- Vendas;
- Pós-venda.
Marketing
Com o antigo Funil de Vendas era esperado que o cliente realizasse apenas uma compra, enquanto que o Flywheel explora a possibilidade de um mesmo cliente repetir mais de uma venda.
Dessa forma, a equipe de marketing pode e deve continuar a interação constante com os clientes atuais. Assim, é possível renovar, atualizar e melhorar o relacionamento com eles.
Além disso, também é possível apresentar novos produtos ou features para realizar a manutenção da compra e aumentar o faturamento.
Vendas
Não é de estranhar que, com o poder de compra nas mãos do comprador, os nossos clientes se tenham tornado os nossos best-sellers, ainda melhores do que os especialistas deste departamento comercial, tornando-se embaixadores das nossas marcas e produtos. Todo mundo sabe que os consumidores são quase tão céticos em relação aos comerciais quanto aos anúncios.
Uma das melhores estratégias do marketing é a modalidade boca a boca, afinal, os clientes gostam de ouvir relatos confiáveis de pessoas que indicaram a sua empresa. A prova disso é que segundo o Semrush, 88% das pessoas têm um nível mais alto de confiança em determinada marca quando um amigo ou familiar a recomenda.
Portanto, vale mais a pena manter os clientes atuais do que conquistar novos, seja em relação aos custos ou tempo nas tarefas.
Pós-venda
Ao longo deste post estamos falando sobre a fidelização de clientes e é aqui que isso acontece. O time de pós-venda estará preparado para identificar os clientes que precisam de mais atenção e os mais engajados.
Dessa forma, será possível definir estratégias adequadas para cada um deles, a fim de manter o contato e estimular a re-compra dos produtos ou serviços.
Case de sucesso: Amazon
Jeff Bezos, CEO da Amazon, decidiu implementar a técnica do Flywheel há anos atrás quando a ideia não era muito disseminada, e o resultado não poderia ter sido melhor.
A Amazon começou a focar na criação de experiências positivas para o cliente, para aumentar o tráfego do site e inspirar mais marcas a vender produtos na internet.
O resultado disso é que, atualmente, a Amazon é a terceira empresa mais valiosa do mundo, apenas atrás do Google e Apple. Além disso, o seu valor de mercado de ações é superior a US $ 760 bilhões.
Conclusão: por que vale a pena adotar o Flywheel?
Agora que você já conhece as principais características sobre essa metodologia, vamos trazer os principais benefícios que tornam ela indispensável na sua empresa. Confira:
- Evitar atritos ou perdas de clientes;
- Lealdade;
- Recomendações gratuitas;
- Dados e processos de negócios simplificados;
- Trabalho em equipe unificado;
- Operações de receita alinhadas;
- Aumento do crescimento da receita;
- Maior engajamento de clientes e colaboradores.
Espero que tenha gostado do post e fique ligado em nosso blog para conferir mais conteúdos sobre Marketing Digital!